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Tudo o que você precisa saber sobre Fratura de Bennett 

Em 1882, E.H. Bennett apresentou cinco casos de uma fratura da superfície articular palmar da base do primeiro metacarpo e, em 1886, publicou dois casos clínicos e recomendou a imobilização do polegar com tala por pelo menos 4 semanas. Desde então, muitos métodos de tratamento foram defendidos, sem consenso sobre a melhor técnica.  

Figura: Fratura de Bennet com fragmento articular na parte ulnar e anterior do primeiro metacarpo. Fonte: “Artigo original”. 

A fratura de Bennett é uma fratura articular e complexa que afeta a base do primeiro metacarpo, comprometendo a funcionalidade do polegar e, consequentemente, a mobilidade da mão. Estudos mostram que essa fratura é uma das mais comuns entre as lesões do polegar, especialmente em casos de traumas diretos, como quedas ou impactos esportivos. 

Devido as suas inserções tendíneas e ligamentares, a base do primeiro metacarpo pode sofrer desvios e instabilidade quando fraturada, por isso a fratura de Bennet deve ser tratada com máxima atenção. 

Ignorar o tratamento adequado pode levar a complicações, como perda de força e movimentos limitados, por isso é importante buscar atendimento rapidamente se suspeitar de uma possível fratura.  

Neste artigo, você vai entender melhor as causas, os sintomas e as opções de tratamento da fratura de Bennett, ajudando você a ver como recuperar a funcionalidade e prevenir sequelas. 

O que é a Fratura de Bennett? 

A fratura de Bennett é uma lesão / fratura que afeta a base do primeiro metacarpo, o osso que conecta o polegar ao punho, acometendo a articulação carpo metacárpica, mais precisamente do primeiro metacarpo com o trapézio.  

Essa fratura ocorre frequentemente em situações de impacto direto, como quedas ou acidentes esportivos, e pode comprometer significativamente a mobilidade e a funcionalidade do polegar.  

Por ser uma região essencial para movimentos de pinça e preensão, o diagnóstico e o tratamento adequados são fundamentais para evitar complicações, como perda de força ou deformidades permanentes. 

Os sintomas de uma fratura de Bennett podem variar em intensidade, mas geralmente incluem sinais claros de comprometimento na base do polegar. A dor intensa é um dos primeiros indícios, que pode ser agravada ao tentar mover o polegar ou realizar qualquer tipo de atividade que envolva o uso da região. 

Outro sintoma comum é o inchaço na base do primeiro metacarpo, uma área sensível a edemas após traumas. Além disso, podem ser observadas deformidades visíveis no local, que são causadas pelo desalinhamento dos ossos devido à fratura. Em muitos casos, a força de preensão do polegar estará diminuída, prejudicando tarefas simples, como segurar objetos. 

Os tendões abdutor longo do polegar e adutor do polegar devido as suas inserções na base do metacarpo causam o desvio e a deformidade da fratura. 

 Figura: Fratura de Bennet. Fonte: “Pardini – Lesões Traumáticas da Mão, 4ed”. 

 

Figura: Forças deformantes na fratura de Bennet. Fonte: “surgeryreference.aofoundation.org” 

Causas e fatores de risco relacionados à Fratura de Bennett 

A fratura de Bennett é frequentemente causada por traumas diretos ou indiretos na base do polegar. Esses traumas podem ocorrer em situações como quedas com apoio das mãos, acidentes esportivos ou colisões automobilísticas.  

Atividades que envolvem impacto repetitivo ou alta velocidade também aumentam o risco, especialmente em esportes de contato ou práticas como ciclismo e motociclismo. 

Além disso, alguns fatores de risco podem predispor uma pessoa a esse tipo de fratura, como é o caso da fragilidade óssea, comum em indivíduos com osteoporose, e a prática de atividades que exigem movimentos bruscos ou força excessiva nas mãos. 

É importante destacar que a identificação precoce da lesão e o início do tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações, pois a fratura pode comprometer a funcionalidade do polegar se não tratada corretamente, impactando diretamente a mobilidade e a qualidade de vida do paciente. 

O diagnóstico é realizado com radiografias em incidências específicas para avaliação do polegar. 

Figura: Raio-x com fratura de Bennet. Fonte: “surgeryreference.aofoundation.org” 

Tratamentos disponíveis e reabilitação realmente eficaz 

Este tipo de fratura, que afeta a base do primeiro metacarpo, exige atenção especializada devido à sua complexidade e impacto direto na mobilidade do polegar. 

 Em alguns casos, a abordagem inicial inclui imobilização com  tala ou órtese, mas fraturas mais graves podem demandar intervenção cirúrgica para estabilizar os ossos e restaurar o alinhamento correto. 

A cirurgia, quando necessária, utiliza técnicas avançadas como fixação interna com fios/ hastes, parafusos ou placas. Esses métodos permitem uma recuperação mais precisa e reduzem o risco de complicações futuras, como artrose.  

Após o procedimento, a reabilitação com terapia ocupacional personalizada é essencial, pois ajuda a recuperar força, amplitude de movimento e coordenação do polegar, promovendo uma recuperação completa e funcional. 

Além disso, é importante seguir as orientações médicas rigorosamente durante todo o processo. Isso inclui evitar esforços excessivos na mão afetada e comparecer às consultas de acompanhamento para monitorar a evolução.  

Com um tratamento bem conduzido e reabilitação adequada, é possível retomar as atividades diárias sem limitações significativas. 

Figura: Fratura de Bennet fixada com mini parafusos. Fonte: “surgeryreference.aofoundation.org” 

Figura: Fratura de Bennett fixada com mini fios. Fonte: “surgeryreference.aofoundation.org” 

Figura: Fratura de Bennet fixada com parafusos e com fios de Kirchner. Fonte “Greens Operative Hand Surgery 8th edition”. 

Figura: Via de acesso para redução aberta e fixação interna para fratura de Bennet. Fonte “Greens Operative Hand Surgery 8th edition”.

Quem você deve procurar para realizar seu tratamento? 

Se você sofreu uma fratura de Bennett, entendemos que essa situação pode ser preocupante e desafiadora. Como Médico ortopedista especialista em cirurgia de mão e microcirurgia, estou aqui para oferecer o cuidado especializado que você merece, com todo o comprometimento e atenção necessários para alcançar os melhores resultados.  

Não abro mão de técnicas avançadas em Cirurgia da Mão e reabilitação personalizada para ajudar na sua recuperação completa. Em parceria com fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, vamos garantir que cada etapa do tratamento seja realizada de forma segura e eficaz. 

Se você sente dor intensa ou dificuldade para movimentar o polegar após um trauma, não hesite em procurar ajuda. Entre em contato comigo e agende uma consulta!  

Estou aqui para oferecer o apoio necessário ao longo de toda a sua recuperação, do diagnóstico inicial ao pós-operatório, ajudando você a recuperar sua independência e qualidade de vida. 

Revisão médica: Dr. Erick Yoshio Wataya​

CRM SP 156728 | TEOT 15213
Médico ortopedista especialista em cirurgia de mão e microcirurgia

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