Reimplantes
Amputações de dedos, mão e punho são lesões decorrentes de traumas gravíssimos e causam uma série de limitações funcionais e psicossociais.
O que é necessário para a realização de um reimplante?
- Equipe/ Hospital especializado: Não somente a equipe médica deve ser altamente capacitada para realização do tratamento cirúrgico, que envolve habilidade em microcirurgia e cuidados técnicos; mas também deve haver equipe de enfermagem apta para cuidados pré, intra e pós operatórios; insumos hospitalares específicos; e material cirúrgico adequado como microscópio, pinças microcirúrgicas, clamps vasculares delicados.
- Condições do paciente: O paciente deve apresentar estabilidade hemodinâmica, pois geralmente o procedimento é longo, e não deve oferecer riscos maiores à vida do paciente. Outras condições como tabagismo, reumatismos, idade, arteriosclerose, vasculopatias diminuem a taxa de sucesso do procedimento.
- Condições da parte amputada e do coto: Lesões por avulsão, esmagamento, segmentares e contaminadas geralmente não são candidatas a reimplante. Além disso tempo de isquemia e condições de acondicionamento da parte amputada é fundamental.
Enxertos e Retalhos
Diante de lesões complexas de membros superiores ou inferiores, que envolvem perda óssea, de pele e de partes moles, uma das opções é a reconstrução com enxertos de pele ou retalhos locais, regionais ou microcirúrgicos, a depender do caso, para tentativa de recuperação funcional do membro lesionado.
Retalhos possuem vascularização própria. O retalho é retirado de uma parte próxima ao local que será transferido. Por isso, ele possui um conector de uma área para a outra, e continua sendo “abastecido” de sangue por sua área original.
Existem ainda os retalhos livres, que são retirados de locais distantes da ferida e transferidos para a área receptora. Nesses casos é necessário utilizar técnicas de microcirurgia para reconectar a artéria e veia que nutrem esse retalho livre em vasos próximos da lesão.
A escolha do tipo de tratamento da lesão deve ser definido caso a caso de acordo com as expectativas do paciente, condições locais da área receptora e doadora e habilidade do cirurgião.
Exemplos de cirurgias com o uso de retalhos:
- Reconstrução de mamas pós retirada total
- Reconstrução de lesões na face
- Tratamento de queimaduras
- Acidentes graves com lesão extensa da pele, tecido subcutâneo e músculos
Lesões de nervo periférico e de plexo braquial
Lesões de nervo periférico ou do plexo braquial são muitas vezes debilitantes para a função geral do membro, e por isso requerem acompanhamento especializado precoce.
Lesões de nervos periféricos podem ser decorrentes de trauma penetrante ou cortante, e trazem prejuízos tanto para a parte motora quanto sensitiva.
Uma adequada avaliação e reparo ou reconstrução precoce visa minimizar a taxa de sequelas. O reparo primário é o tratamento ideal e deve ser realizado precocemente através de suturas neurais microcirúrgicas. Em caso de impossibilidade de sutura uma opção é reconstrução do nervo com enxertos de nervo, geralmente retirado da perna.
As lesões de plexo braquial decorrem de acidentes de alta energia, geralmente devido a queda de moto, e são altamente incapacitantes.
As opções cirúrgicas são amplas, a depender do tipo, nível e tempo de lesão, e envolvem uma série de técnicas: reconstrução com enxerto de nervo, transferências de nervo, transferência de músculo funcional microcirúrgica.
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