Fratura-do-Boxer

Fratura do Boxer – O que é?

O que é fratura do boxer?

A mão é constituída por 27 ossos: sendo 8 ossos que compõem o carpo, os 5 metacarpos e as 14 falanges. A fratura do boxer ocorre no colo do quinto metacarpo e uma das causas é o mecanismo de soco. Pode ter outras causas também como quedas e entorses por exemplo.

Ossos que compõem a mão e o quinto metacarpo destacado em vermelho. Fonte” Acervo pessoal”.

Os principais sintomas são: dor na região da articulação metacarpo falangeana associada a edema, limitação de movimento e crepitação.

Em alguns casos pode haver desvio rotacional dos dedos e uma deformidade em garra.

Pode ocorrer também a perda do contorno da cabeça do metacarpo devido ao desvio da fratura.

Desvio rotacional de fratura do quarto metacarpo. Fonte: https://www.orthobullets.com/hand/6037/metacarpal-fractures

O que pode causar a Fratura de Boxer?

Geralmente está associada ao mecanismo de soco, o que pode gerar a fratura sem ou com diferentes graus de desvios.

Está associada também a traumas esportivos, principalmente quedas de altura ou traumas torcionais.

Quando causada por acidentes de alta energia como acidentes de carro, por exemplo, podem gerar um padrão mais complexo de fratura, com multi-fragmentação, lesão de partes moles e outras fraturas associadas, por exemplo.

Mecanismo de trauma da Fratura do Boxer. Fonte: “Netter Orthopaedic Anatomy”.

Como se faz o diagnóstico da Fratura do Boxer?

O diagnóstico e feito pela história clínica e o exame físico adequado.

O principal exame a ser solicitado é o Raio- X que além de ajudar no diagnóstico, permite avaliar outras fraturas associadas, grau de fragmentação e desvio da fratura.

Raio X demonstrando fratura do colo do quinto metacarpo com desvio. Fonte:” Pardini Traumatismos da Mão, 4ed”.

Qual tratamento para a Fratura de Boxer?

O tratamento pode ser conservador ou através de cirurgia.

O tratamento conservador envolve o uso de tala ou gesso “em garrafa” envolvendo os dedos anelar e mínimo. Esta tala, a depender do caso, pode ser trocada por uma órtese removível de termoplástico levando a uma reabilitação mais precoce além de ser mais confortável.

O período da imobilização no tratamento conservador geralmente é de 4 a 6 semanas.

Em casos em que fratura apresenta maior grau de desvio, ou se for muito fragmentada, ou associada a outras fraturas, por exemplo, o tratamento cirúrgico pode estar indicado.

Através da cirurgia é possível realizar a redução da lesão, ou seja, colocá-la no lugar, e também fazer algum tipo de estabilização, que pode ser com: mini hastes, fios, placas e parafusos.

Após a cirurgia, geralmente usa-se também uma órtese e inicia-se o processo de reabilitação com a terapia ocupacional.

Exemplo de imobilização com gesso para o tratamento conservador de Fratura do Boxer. Fonte: “Greens Operative Hand Surgery 7th edition”.
Figura demonstrando uma das técnicas de fixação óssea. Fonte:” Pardini Traumatismos da Mão, 4ed”.
Figura demostrando outros tipos possíveis de fixação óssea. Fonte: “Greens Operative Hand Surgery 7th edition”.

Quais as complicações da Fratura do Boxer?

Risco de rigidez do dedo acometido, deformidades rotacionais, perda da saliência da cabeça do quinto metacarpo e re- fratura, por exemplo.

Existem também riscos relacionados ao implante como: infecção no trajeto dos pinos e quebra do material de síntese, por exemplo.

Por fim, ao notar qualquer sintoma mencionado acima, ou se necessitar qualquer auxílio, fale com um médico especialista em Cirurgia da Mão.

Você pode, inclusive, falar comigo através do Whatsapp, para tirar suas dúvidas ou marcar uma consulta e, assim, acabar com qualquer incômodo que levem prejuízo às suas mãos

Revisão médica: Dr. Erick Yoshio Wataya​

CRM SP 156728 | TEOT 15213
Médico ortopedista especialista em cirurgia de mão e microcirurgia

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